quinta-feira, 4 de julho de 2013

Mundo sofreu aumento de extremos climáticos na década passada

Informação é de relatório da Organização Meteorológica Mundial, da ONU. Número de mortes em desastres climáticos cresceu 20% entre 2001 e 2010.

Em 2005, o furacão Katrina destruiu Nova Orleans e mostrou a vulnerabilidade dos Estados Unidos (Foto: AFP/arquivo)Em 2005, o furacão Katrina destruiu a cidade de Nova Orleans, nos Estados Unidos (Foto: AFP/arquivo)
A década passada registrou um aumento sem precedentes de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas e inundações, além da aceleração do aquecimento global. A conclusão é de um relatório divulgado nesta quarta-feira (3) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU.
Segundo informações da Reuters, todos os anos da década, exceto 2008, estiveram entre os dez mais quentes já registrados desde 1850. O ano de 2010 foi o mais quente de todos. O número de dias com recordes de temperatura máxima também superou amplamente os recordes de mínimas.
A agência da ONU informa que o número de vítimas de extremos climáticos como as ondas de calor que atingiram a Europa em 2003 e a Rússia em 2010, furacões como o Katrina, nos Estados Unidos, e ciclones, como o Nargis em Mianmar, aumentou 20% em relação à década anterior (1991-2000), totalizando 370 mil mortes entre 2001 e 2010.
Segundo a organização, as inundações foram os eventos extremos mais frequentes na década.
O texto diz que muitos desses eventos climáticos podem ser explicados por variações naturais - secas e tempestades excepcionais aconteceram ao longo de toda a história -, mas que o aumento das emissões humanas de gases do efeito estufa também contribuiu.
“O clima se aqueceu consideravelmente entre 1917 e 2010 e o ritmo do aumento das temperaturas em 10 anos, sobre os períodos 1991-2000 e 2001-2010, não tem precedentes”, comentou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, à AFP.
“As concentrações crescentes de gases de efeito estufa, que retêm o calor, estão transformando nosso clima, com as mudanças que isso implica para o meio ambiente e os oceanos”, acrescentou Jarraud.

 

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