sexta-feira, 14 de junho de 2013

10 venenos mais letais da história

No rol dos grandes assassinatos na história da humanidade, nenhum elemento causou mais medo e ansiedade do que os venenos, responsáveis por crimes anônimos, com suas substâncias muitas vezes indetectáveis. Nesta lista, vamos conhecer os 10 venenos mais letais da história.

O medo dos venenos era tamanho que, na Roma Antiga, havia uma “profissão” chamada pregustador, alguém responsável por ingerir alimentos ou bebidas antes de nobres e monarcas. Assim, era possível antecipar uma tentativa de envenenamento. Saiba mais na lista abaixo
10 terríveis trabalhos romanos

Esta lista foi extraída e adaptada do Listverse.
1- Cicuta
Sócrates ingere cicuta, gravura de 1907

A cicuta é uma planta altamente tóxica encontrada na Europa e África do Sul. Foi um veneno popular entre os gregos antigos, que a usavam para matar seus prisioneiros. Para um adulto, a ingestão de 100 mg de cicuta (ou cerca de 8 folhas da planta) é fatal. A morte vem na forma de paralisia, a mente fica em alerta, mas o corpo não responde e, eventualmente, o sistema respiratório é desligado. Provavelmente, o envenenamento por cicuta mais famoso é o do filósofo grego Sócrates. Condenado à morte em 399 a.C., ele recebeu uma infusão muito concentrada de cicuta.

2- Acônito

O poderoso veneno acônito causa asfixia, uma vez que provoca uma arritmia cardíaca que leva à sufocação. A intoxicação pode ocorrer mesmo depois de tocar as folhas da planta sem o uso de luvas, pois ela rápida e facilmente absorvida. Devido à dificuldade de identificar o veneno no organismo, foi muito utilizado em crimes anônimos. Uma vítima famosa do acônito foi o imperador Cláudio, que disse ter sido envenenado por sua mulher, Agripina, que despejou acônito em um prato de cogumelos.

3- Beladona

Beladona era um dos venenos favoritos das madames! O nome desta planta significa mulher bonita, na língua italiana. Isso porque ele foi usado na Idade Média para fins cosméticos – diluído e aplicado nos olhos, dilatava as pupilas, tornando as mulheres mais atraemtes. Além disso, esfregando na bochecha, deixava-a mais corada, como um rubor. Esta planta parece inocente mas, se ingerida uma única folha, é extremamente letal e é por isso que foi usado para envenenar ponta de flechas. Os frutos desta planta são ainda mais letais que as folhas.

4- Dimetilmercúrio
O dimetilmercúrio é um assassino lento criado pelo ser humano! A absorção de pequenas doses, como 0,1 ml, provaram ser fatais, mas os sintomas pode surgir apenas depois de meses, tornando impossíve qualquer tipo de tratamento. Em 1996, um professor de química no Dartmouth College, em New Hampshire, derramou uma gota ou duas de veneno em sua mão com luvas. Os sintomas apareceram após quatro meses e, dez meses depois, ele morreu.

5- Tetrodotoxina
Vítima de tetrodotoxina, origem desconhecida

A tetrodotoxina é uma substância que pode ser encontrada em duas criaturas marinhas – o polvo de anéis azuis e o peixe baiacu. No entanto, o polvo é o mais perigoso, porque pode injetar seu veneno, matando em poucos minutos. Ele carrega veneno suficiente para matar 26 humanos adultos dentro de minutos e as mordidas são indolores. O baiacu, por sua vez, só é letal se ingerido, mas o veneno pode ser retirado do peixe. A tetrodotoxina proveniente do baiacu também é usada em rituais de vodu no Haiti, para a criação de zumbis.

6- Polônio
Alexander Litvinenko

O polônio é um veneno radioativo, um assassino lento sem cura. Um grama de polônio vaporizado pode matar cerca de 1,5 milhão de pessoas, em poucos meses. O elemento foi descoberto por Marie Curie e Pierre Curie, em 1898, sendo mais tarde renomeado para polônio em homenagem à Polônia, país natal de Marie. O caso mais famoso de envenenamento por polônio é o do ex-espião russo Alexander Litvinenko, ocorrido em 2006. O veneno foi encontrado em sua xícara de chá – uma dose 200 vezes maior do que a dose média letal. Ele morreu em três semanas.
7- Mercúrio
Cientistas pesquisando os restos mortais de Brahe

Existem três formas de mercúrio, que são extremamente perigosos. O mercúrio elementar, que podemos encontrar em termômetros, não é prejudicial se tocado, mas letal se inalado. O mercúrio inorgânico, usado para fazer as baterias, é letal apenas quando ingerido. E, finalmente, o mercúrio orgânico, encontrado em peixes, como o atum e peixe-espada, podem ser potencialmente fatais se ingerido em grandes quantidades. Uma morte causada pelo mercúrio famoso é o de Amadeus Mozart, que recebeu pílulas de mercúrio para tratar a sífilis. Outra personalidade que pode ter morrido vítima do mercúrio foi o astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, falecido em 1601.

8- Cianeto


O cianeto, apesar de ser um veneno poderoso, é extremamente popular. Ele encontra-se em uma grande variedade de substâncias, como amêndoas, sementes de maçã, semente de damasco, fumo de tabaco, inseticidas, pesticidas, etc. Como veneno letal, era utilizado na forma de cianureto por oficiais nazistas suicidas, dentre eles Hitler. Uma dose fatal de cianeto é de 1,5 mg por quilograma de peso corporal. Dependendo da dose, a morte ocorre dentro de 1 a 15 minutos. Na sua forma gasosa – cianeto de hidrogênio – foi o agente utilizado pela Alemanha nazista para assassinatos em massa em câmaras de gás, durante o Holocausto.

9- Toxina Botulímica
A toxina botulínica provoca o botulismo, uma doença fatal se não for tratada imediatamente. Esta toxina causa paralisia muscular, o que leva à paralisia do sistema respiratório e, consequentemente, à morte. A bactéria entra no organismo através de feridas abertas ou pela ingestão de alimentos contaminados, como conservas não-industrializadas. Vale dizer, também, que a toxina botulínica é a mesma substância usada em injeções de Botox.

10- Arsênico
O arsênico já foi chamado de “rei dos venenos”, por sua discrição e potência – era praticamente indetectável, por isso foi muitas vezes usado em crimes anônimos. Mas isso até a criação do teste Marsh, que veio para evidenciar a presença deste veneno na água, alimentos e similares. O rei dos venenos tomou muitas vidas famosos: Napoleão Bonaparte, George, o terceiro, da Inglaterra e Simon Bolívar, para citar alguns. O arsênico, como a beladona, era utilizado pelos vitorianos por razões cosméticas. Um par de gotas do material deixava a pele rosada.
Fonte: Brasil Universo Digital / História Digital 

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